Thiago lança “A Mentira Patológica”

Depois de apresentar “A Mentira Patológica” na Bienal do Livro, em São Paulo, há pouco mais de três semanas, o escritor Thiago Zardo realizou o lançamento de seu mais novo livro em Apucarana,numa sessão de autógrafos, na noite de quarta-feira (17), na Livraria Nobel. Muitos convidados e amigos compareceram ao evento.

Thiago aborda a mentira como “um traço fascinante da faceta humana” e cita a vida cotidiana em família como uma fonte para que marido, mulher, pais e filhos mintam conforme as situações criadas. Uma pergunta da esposa ao marido se o seu novo penteado ficou bom, às vezes, pode ser motivo para uma mentirinha agradável. O livro é uma coletanea de 15 contos.

Este é o quarto livro do autor, mas o primeiro que lança “profissionalmente”. Os Ires primeiros foram editados de forma independente e distribuidos a amigos e parentes. Zardo é veterinário por profissão e tem como hobby a música e a literatura. Mas sonha um dia poder inverter as posições.

 

Fonte: Revista Semana Expresso. Ano V – número 241. 20 de Setembro de 2008.

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Foi dos mais concorridos o lançamento do livro “A Mentira Patológica”, de autoria de Thiago Augusto Zardo, quarta-feira, na Livraria Nobel no Shopping CentroNorte, em Apucarana.. Muitos amigos e familiares do Thiago Augusto prestigiaram, deixando-o emocionado e super feliz. Todos foram recebidos pela simpática esposa, Biazinha. A Scortecci Editora avisa que o livro pode ser adquirido na Livraria Nobel. Entre muitos, registramos alguns momentos do evento. (Fotos Bela Facce)

 

Fonte: Tribuna do Norte. 20 de Setembro de 2008. Por Angela Stoppa.

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Thiago Augusto Zardo

O entrevistado de hoje é o médico veterinário e escritor Thiago Augusto Zardo, que recentemente lançou seu livro na 20ª Bienal Internacional do Livro, no Anhembi, São Paulo.

Filho do casal Osvaldo Augusto Zardo e de Clecy Aparecida Grígoli Zardo e irmão de Nathália Zardo, Thiago nasceu em Paranavaí no ano de 1977, mas mudou-se para Marilandia do Sul com três meses de idade, onde passou sua infância e adolescência. Estudou nas escolas municipais Ângelo Muller e Padre Ângelo Casagrande até a sexta série. Formou-se em Medicina Veterinária pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) no ano de 2003. Hoje exerce sua profissão prestando assistência para algumas propriedades rurais e empresas, mas tem como hobby o exercício da escrita literária.

Informativo Bem viver – Thiago, como foi participar da maior feira de livros da América Latina?

Thiago Zardo – A feira é realmente algo que impressiona, tanto pelo tamanho quanto pela qualidade do evento. Posso dizer que é a “Disney” dos amantes da leitura. O “playground” dos intelectuais. Fiquei muito orgulhoso e emocionado por estar representando nossa região. Deu até para bater um papo rapidinho com o Ziraldo, aquele do “Menino Maluquinho”, que até elogiou o trabalho gráfico do meu livro!

Informativo Bem viver – É o seu primeiro livro?

Thiago Zardo – Não, no ano de 2000 eu e mais dois amigos também de Marilandia, Allan Gehring e Wando Santos, lançamos de forma independente uma seleção de poemas intitulada “ O Casulo-Delírios da linguagem verbal”. Foi um projeto executado com muito carinho. Acho que guardando as devidas proporções foi um sucesso, pois tivemos que fazer uma segunda edição para dar conta da procura. Depois eu lancei o romance experimental “Memórias de uma insólita biografia” também de forma independente. Hoje eu o considero um rebento prematuro. Também fiz um livro, reunindo alguns poemas meus, para presentear os amigos, chamado “Poesia Crônica” e de novo com a participação de outros marilandenses. A professora Lucy fez a correção ortográfica e o artista plástico Wagner Carvalho as ilustrações.

Informativo Bem viver – Do que se trata esse novo livro?

Thiago Zardo – O novo livro é uma reunião de 15 contos que foram na verdade um bom exercício de escrita, pois a partir de um tema eu desenvolvi todas as histórias. Esse livro faz parte de um projeto literário meu que é uma trilogia, ou seja, a partir de três temas surgem três livros. Um sobre a literatura, outro sobre a mentira e outro sobre o cotidiano moderno. “A Mentira Patológica” foi um livro em que eu passei mais tempo desenvolvendo, tomei mais cuidado. Li e reli várias vezes, modificando sempre que necessário. Até na ordem dos contos existe uma lógica. Não uma lógica cronológica, mas muito importante para o desfecho do livro.

Informativo Bem viver – Como assim, não é um livro de contos?

Thiago Zardo – Sim, são contos que podem ser lidas alteradamente, mas se você seguir a ordem em que estão dispostos, o livro se torna quase um romance. Porque os personagens de alguns contos talvez apareçam em outros. Depende da atenção do leitor. Garanto que quem ler se surpreenderá com o desfecho final. Mas não adianta ir correndo para as últimas páginas porque só entenderá quem ler tudo. Inclusive tem um personagem que queria tomar conta do livro! É diversão garantida.

Informativo Bem viver – Então é uma comédia?

Thiago Zardo – Não porque o livro trata da mentira e mentir nem sempre é algo engraçado. Eu diria que se trata de uma tragicomédia, assim como a vida cotidiana que às vezes é engraçada e às vezes é dura. Mas também tem a história de um cidadão que vive a angústia de poder ter ganhado uma bolada na Mega Sena, o caso do machista que não quer levar a mulher no ginecologista, o peão esperto que só quer tirar vantagens. Enfim, histórias que se adaptam muito bem no cotidiano de qualquer cidade. Inclusive em Marilandia.

Informativo Bem viver – Onde você acha tempo para escrever e quais são suas influências?

Thiago Zardo – O tempo acho que é como o titulo desta coluna do jornal: é a gente quem faz. Como a gente faz? Fazendo! As influências vão desde Machado de Assis e Lima Barreto, até Shakespeare e a Mitologia grega com Homero. Enfim, os clássicos. Apesar de que hoje estou lendo muito sobre a história do Brasil. Eduardo Bueno, Laurentino Gomes e claro Darci Ribeiro. Estou tentando entender por que nosso povo aceita tanta roubalheira sem reclamar, sem tomar uma atitude para mudar.

Informativo Bem viver – Como você tomou gosto pela leitura?

Thiago Zardo – Eu nunca fui um nerd, apesar de sempre ver minha mãe lendo livros e ter a disposição um bom acervo lá em casa. Na adolescência eu escrevia porque talvez tivesse um pouco de dificuldade de me expressar. Era um pouco tímido. Por incrível que pareça. Depois é que por curiosidade quis saber se o que eu escrevia era bom ou ruim. Claro que os primeiros poemas não eram lá aquelas coisas. Mas, veio a empatia por um autor Paranaense chamado Leminski. Grande poeta. Então percebi que escrever não era um bicho de sete cabeças. Aliás, uma ótima terapia. Mas, como tudo na vida, necessita de dedicação e principalmente estudo. É como dizem, noventa por cento de transpiração e dez de inspiração.

Informativo Bem viver – Qual a importância da literatura para você?

Thiago Zardo – A literatura, seja de entretenimento, religiosa, científica ou jornalística, desenvolve a imaginação, pois você tem que imaginar o que está lendo. Também melhora o vocabulário, porque a gente sempre aprende uma palavra diferente. Exercitar a memória é outra qualidade de quem lê. Por isso a escrita, mais especificamente o livro, para mim é a maior invenção da humanidade. O mundo se transformou radicalmente depois da escrita. É claro que hoje a concorrência é desleal. A TV, por exemplo, entrega tudo mastigado. Mas, tomemos como exemplo a bíblia: você pode até lê-la na internet, ou ver um filme sobre ela, mas e se acabar a luz? Até me lembrei da história. Pediram para o grande escritor Millor Fernandes fazer uma publicidade em prol do livro, e ele mais que ligeiro disse: “o livro não enguiça”.

Informativo Bem viver – Você também é músico?

Thiago Zardo – A música é outra coisa que trago de longa data, meu pai tem um grande acervo de discos e eu cresci ouvindo muita música e das mais variadas vertentes. Mas não me considero músico. Sou um cara privilegiado em ter grandes amigos como o Giuliano e o Gilson Ishi, o Serginho Zarpelon, o Allan, O Wando e o Paulinho Nakagima. Com eles criei a banda Dani C! Que já participou de duas edições do FEMUCIC (Festival de Música da Cidade Canção) um dos mais famosos do Paraná. Inclusive estamos com o CD quase pronto para lançar.

Informativo Bem viver – E a expectativa com o novo livro?

Thiago Zardo – Agora estou acertando um lançamento para o livro em Apucarana, já que devido à distancia, não consegui compartilhar com os amigos a bienal. Provavelmente será em Setembro, na livraria Nobel, no shopping Centro Norte. Depois quero reservar um tempo para participar de debates e palestras em escolas e outras entidades de ensino. Para poder transmitir aos interessados, principalmente à juventude, todo esse processo de escrever um livro, editá-lo e publicá-lo.

Informativo Bem viver – Onde comprar seus livros?

Thiago Zardo – “A Mentira Patológica” e os outros livros estará à disposição pela internet: na Livraria Asabeça e na Livraria da Lua. Em Apucarana poderá ser encontrado na Livraria Nobel. Também estou estudando a possibilidade de disponibilizá-los na livraria do shopping Catuai. Espero também poder deixar em algum ponto de venda em Marilândia. E diretamente comigo pelo endereço eletrônico thiagoaugustozardo@hotmail.com

Informativo Bem viver – E os projetos futuros, já tem algo em mente?

Thiago Zardo – Além do CD? Bom, estou terminando um livro de poemas. Quero começar a escrever um livro histórico sobre castelo Eldorado. Aliás, se alguém puder me enviar material, fofos, eu agradeço. Mas como isso toma tempo e muito estudo, talvez eu tenha que protelar, pois agora precisarei focar minha atenção no estudo de como deve se comportar um pai de primeira viagem.

Informativo Bem viver – Obrigado pela entrevista, boa sorte e parabéns, papai.

Thiago Zarcio – Eu é que agradeço pela atenção dispensada. Estarei sempre à disposição. Ah, espero vocês no lançamento, heim!

Fonte: Jornal informativo da ONG Bem Viver. Setembro 2008. Edição 08. Marilândia do Sul/PR.